Familia AAS

Enfim eu sei o que é jogar o Interclubes pensado. Após ser vice campeão sem jogar ano passado (o que é ótimo, mas não tem graça nenhuma) pelo Clube de Xadrez Santos, esse ano de 2010 estou jogando pelo AAS. Nunca ouviu falar dessas letrinha? Essa letras são as iniciais de Agremiação Atlética Suina. Quer saber da historia do AAS clique aqui.

Na verdade isso é mais do que três letras, é um código de uma família dos tabuleiros, a família AAS, da qual sou um dos filhos mais novos e aprendendo muito com cada big brother. Conheci o AAS por meio do amigo e blogueiro Reinier Freitas, futuro presidente da Federação Amazonense de Xadrez, após uma conversa sobre seu blog o moglichess.

Contatos mantidos via MSN, em julho de 2009 passei 2 semanas em São Paulo, conhecendo os lugares onde o xadrez acontece na capital na companhia do Reinier e de seu fiel escudeiro Jorge Fakhouri. Os dias foram passando e fui conhecendo a família AAS, Grego (presidente), Diogo Greguinho, Juca, Tales, Catozzo e Bob. Mas faltava algo, que era sentir o peso de defender o grená dessa agremiação que cresce a cada dia. 2010 chegando e começamos as negociações para o Interclubes pensado.

Como o jogador quem escreve não é nenhum “Robinho” dos tabuleiros, a negociação foi tranqüila, a principio meu objetivo era jogar com os amigos de Santos Ponec, Stefan Morgado, Emerson, Miguel e Jr. Takeda pela AAS C4 Chess. Devido a desistência do Emerson e outras duvidas, deixei nas mãos do presidente o destino dos 5 guerreiros santistas.

Ponec foi parar no time dos sonhos ao lado de Bezerra, Grego, Greguinho, Juca e Jorge na AAS Bispo Mau. Stefan Morgado foi convidado a jogar na categoria A pelo Clube de Xadrez Santos “B”. Jr. Takeda foi escalado na equipe Iniciantes para passar sua experiência nos tabuleiros, aos jovens garotos. Eu e Miguel ficamos na AAS São José “E”.

E chegou a primeira rodada, hino decorado (veja no final do post), conheço os companheiros de equipe, Tales, Robson Japinha, Rodrigo Tikal, TVP e Cassius. Primeira rodada não joguei, mas participei da corrente pra frente dando apoio e incentivando os demais companheiros de equipe.

Momento Maguila especial AAS, um grande abraço a cada novo irmão de AAS.

Rodrigo Watfe, que brigava com Thiago Stolte em todos os torneios de menores pelo titulo. Bob e Catozzo, ainda vão rolar muitas baladas, Happy News por essa São Paulo, me aguardem. Vinicius Saito, grande Saitek, a paciência em pessoa sempre sorrindo e “passando o carro” (esse é o termo padrão dentro do AAS – quer dizer atropelar, não dar chances ao adversário).

Gregão, o presidente, dizer muito obrigado a você é pouco, esse ai respira AAS 25 horas por dia. Diogo Greguinho, apenas passeando pelas mesas, reze para não jogar contra ele em torneios. Juca, depois do Grego o segundo mais apaixonado pelo AAS, joga muito e tem sempre uma palavra de incentivo para alguém da equipe.

Jorge, o messier Fakhouri, não é grande só no tamanho, está sentindo saudades do Reinier é verdade, mas a galera ta cuidando bem dele. Molecão ta sempre de olho na lista de rating no torneio dentro e fora do tabuleiro. Reinier, meu cartão de visitas a porta de entrada para a família AAS, para mim já esta fazendo falta, agora que estou na equipe ele resolve ir jogar no Amazonas, vai fundar o AAS Oca Chess.

Bruno Terra, jogador forte e perigoso, não brinque com ele no tabuleiro. Não teve um bom começo de torneio, mas vai se recuperar nessa parte final. André Fernandes, a voz que não se ouve na radio xadrez, mas seus comentários sempre precisos fazem o entrevistado analisar sua pergunta por longos 15 segundos antes da resposta.

Meus companheiros de equipe, Cassius, se no AAS a gente usa o termo “passar o carro” posso afirmar que foi o Cassião quem ensinou essa molecada a atropelar todo mundo. Tem estilo de jogador de poker, quando coloca seus óculos escuros, cuidado com a analise pois é xeque mate na certa. Tales, que vem dando trabalho a vários jogadores, fez um excelente começo de torneio e ta sempre procurando alguém do AAS no chat pra jogar partida de 1 minuto no Jaquemate. Robson japinha, a voz da experiência. Passou o carro na segunda rodada e mostrou liderança acompanhando a equipe nas demais rodadas. Rodrigo Tikal, jogador forte também, que se respirar errado ele passa o carro. TVP, apesar de conversar pouco com ele, excelente brother.

Fechando o mega momento Maguila, um abração para a galera de Guaira, Oreia e Tekinho. E claro, para o musico da família, Leandro Roverso, guarde esse nome, vai fazer muito sucesso nos teclados, pois é um excelente pianista. Nas horas vagas passa o carro nos tabuleiros também e faz os registros fotográficos da família AAS.

Vamos falar de xadrez? comecei o post falando sobre o que é jogar um torneio por equipes e pelo AAS, na segunda rodada contra equipe Urso Negro de Santo André fiz a minha estréia no 4º tabuleiro contra Webster de Oliveira. Ganhei é verdade, agora analisando a partida foi uma serie de erros, que precisam ser corrigidos.

Rodada: 02

Mesa: 20.4

Adversario: Webster de Oliveira

Resultado: Webster de Oliveira 0:1 Janderson Cerqueira

http://www.chessvideos.tv/chess-game-replayer.php?id=24399

Veio uma abertura com peão de dama, onde segui no sistema Colle. Joguei do lance 11. ... Dxd6 até o 17. Bxe4 de forma totalmente irresponsável, já que meu adversário teve o lance c5 ganhando uma peça limpa. O meu foco no plano de conter o ataque em h7, com Bd3 e Dc2 era tanto que corri esse risco... a sorte estava ao meu lado hehehe.

Depois desse pequeno deslize meu adversário em um momento decisivo da partida tira o bispo da diagonal b1-h7 indo para f3, entrei em f5 atacando a Dama e com chances de buscar o peão de c4. 34. g5 foi decisivo a meu favor onde pude atacar com a dama e o bispo as peças adversárias. O lance ganhador surgiu após 37. h4 (correto aqui é 37. f4). No mais foi controlar a adrenalina já que estava com menos de 10 minutos no relógio, mas consegui trabalhar a posição de mate de forma tranqüila. O match acabou 4x0 para nós e fechamos o sábado com 8 em 8.

Rodada: 04

Mesa: 20.4

Adversario: Lucas Mazim

Rating pensado FPX: 2037

Resultado: Janderson Cerqueira 0,5:0,5 Lucas Mazim

http://www.chessvideos.tv/chess-game-replayer.php?id=24400

Domingo após o empate com a equipe do presidente, jogamos contra a equipe Bartolomeu, pequenos jogadores, mas grandes no xadrez. Joguei de brancas contra Lucas Mazim, Siciliana variante Moscow (seria por causa da presença do GM Giovanni Vescovi, recém chegado da Russia?) brincadeiras a parte depois é que descobri o nome dessa variante. Achei meu adversário com pouca iniciativa, e assim ganhei alguma vantagem de espaço. Após o empate do Tikal contra o irmão do Lucas, classifiquei a posição como fechada, ofereci empate ao meu adversário depois do 15º lance, que foi aceito.

Analisando a partida vi que tinha meios de quebrar a posição e buscar o ponto, nessa hora aprendi uma lição com os companheiros de AAS, eu respeitei demais o meu adversário, mas vi que nessa hora você tem que passar o carro primeiro, tentar até o limite, para depois oferecer o empate. Cassião (com direito a óculos escuros), ganhou o ponto da equipe, já que Tales em dura partida contra Daniel Awoki também empatou. Estamos em 2º com 12,5 em 16, sem nenhuma derrota. (+9 =7 -0)

Saí do 1º fim de semana com 1,5 em 2. Numericamente falando é bom, mas sei que dava pra buscar 2 em 2. Agora é analisar essas partidas, corrigir os erros e preparar para o próximo fim de semana onde vamos buscar uma medalha.

Hino do AAS

Escute o Hino

À esguelha do relvado se apresenta

Uma equipe de raça e pudor (e pudor)

A magia aos adeptos acontece

É o AAS peleando com torpor!

AAS! AAS! AAS, AAS, AAS!

AAS! AAS! AAS, AAS, AAS!